Ano: 2014

O passado de uma tradução e o futuro da mensagem

Evangelho FeespA tradução de Paulo Alves Godoy para O evangelho segundo o Espiritismo, que gerou intenso debate desde a primeira metade da década de 1970, ainda hoje possui detalhes desconhecidos e, muitos deles, esquecidos. Estava eu, então, no olho do furacão, isto é, vivendo todas as controvérsias dentro da Federação Espírita de São Paulo. Posso, como pude, ter uma leitura diversa daqueles que, do outro lado, aliavam-se a J. Herculano Pires em seu bom combate, ou aliavam-se aqueles outros que preferiam assistir aos debates sentados no muro. Mas pude, ainda, colher fatos e observar situações diretas ou indiretamente ligadas ao acontecimento, numa convivência de bastidores, uma vez que, então, ocupava posição subalterna embora muito próxima do poder. Não participava das reuniões de cúpula, não ouvia nem via as discussões reservadas da diretoria, mas convivia com os principais personagens da Federação e acompanhei justamente ali no caminho por onde deveriam passar aqueles que respondiam pelos fatos. Não como a pedra de Drumond, mas com olhos de ver e ouvidos e ouvir… Para ler, clique aqui

 

Uma mensagem especular

Há mensagens mediúnicas dos mais variados matizes e recursos. Um dos tipos mais Mensagem especular 1raros é a mensagem ESPECULAR, ou seja, aquela que só pode ser lida se colocada diante de um espelho, daí a sua classificação.

Poucos conhecem esse tipo de mensagem, mas a sua obtenção exige uma destreza mediúnica incrível. A que você vai ler aqui possui características extraordinárias, pois não se apresenta apenas invertida, o que já seria uma grande dificuldade para sua leitura, mas foi escrita da direita para a esquerda e de baixo para cima. Ou seja, a mensagem parece começar onde de fato termina: com a assinatura do autor espiritual.

Confira você mesmo aqui

As Pessoas de Bem e a Corrupção Política

por Gezsler Carlos West (Geo)

Recife, PE

 “Seja esta a vossa linguagem, Sim-Sim, Não-Não!” (Mt 5, 37) – Jesus

 É difícil mensurar com precisão os efeitos nocivos de um processo de corrupção. Recentemente foi publicado na mídia um estudo técnico, citando que se a corrupção fosse “zero” no Brasil a sociedade em no máximo cinco anos teria os seguintes benefícios simultâneos:

– Poder de compra do salário mínimo quadruplicado;
– 25 mil escolas construídas;
– 30 mil UPA (Unidade de Pronto Atendimento) efetivadas;
– 01 milhão e quatrocentas mil casas construídas.

Se acrescentarmos que o ato corruptivo agride os valores sociais no campo da honestidade, justiça social, credibilidade, valorização do trabalho, dignidade, estrutura familiar, espiritualidade entre outros, ficará mais complicado dimensionar o “tamanho do estrago”.

A honestidade é um valor ético, que deve preceder qualquer ação nos diversos campos da vida. As nossas posturas devem transitar mergulhados nesse “éter”, assim como os peixes no mar. Se assim não o for, todos perderemos no aspecto social, individual e consciencial.

Há algum tempo eu conversava com uma pessoa que estava bem ativa dentro de um partido político no Brasil. Eu dizia para ela que a postura mais ética, cidadã, honesta e fraterna na sua atuação político partidária, não seria defender o indefensável, proteger quem não merecia, esconder corrupto para não expor o partido, colocar todas as mazelas nos partidos adversários ou em outro setor da sociedade, justificar acordos esdrúxulos em nome do “futuro”, sem qualquer senso crítico olhando para dentro do seu próprio partido. Isso não seria uma postura político partidária saudável, mas sim um preocupante sintoma de fanatismo.

 Disse-lhe que ela tinha que ser firme e imparcial diante da corrupção independente da coloração partidária e, deixar claro para a sociedade, sem discurso superficial, que antes de qualquer projeto partidário ela não declinaria da ética, que deveria ser uma premissa apartidária. Não existem fins éticos, sem meios éticos.

 Com um discurso e postura excessivamente corporativista um filiado político partidário, mesmo com sinceridade e boa intenção, termina incoerentemente ajudando a criar dentro do seu próprio partido um campo fértil para que os inescrupulosos ganhem espaço e se protejam debaixo desse irracional guarda-chuva protetor, desgraçadamente mantido por sinceros, idealistas, mas invigilantes filiados.

 Não importa saber quando, onde e com quem começou a corrupção, mas importa sim combatê-la tenazmente em qualquer tempo, local e de forma apartidária. Não importa saber quem roubou menos ou mais, mas sim que todos sem exceção respondam diante da justiça como qualquer outro cidadão.

Não sou adepto da antiga e desastrosa frase “rouba, mas faz”. O agente público não pode roubar e tem obrigação de fazer, pois é para isto que ele lá se encontra. O agente público não faz caridade nem filantropia, ele simplesmente tem que cumprir honestamente com a sua obrigação constitucional de servidor público. Ele administra temporariamente um recurso que não lhe pertence.

 A melhor tática para os “agentes da corrupção” é passar a ideia de que todos também o são, que o Brasil sempre foi assim, que ninguém é perfeito, que não adianta … e com isto continuarem roubando.

 As pessoas de bem devem estar uníssonas no primeiro passo, que significa não abdicar dos chamados valores éticos universais. Garantido este insubstituível patamar, então democraticamente e alteritariamente cada um caminha pelas suas preferências político partidárias.

 Não nos iludamos e fiquemos muito vigilantes. Já dizia Peter Drucker: a melhor forma de gerenciar o futuro, é criá-lo.

Criemos todos um futuro ético e socialmente justo para o nosso Brasil. Tenhamos a coragem do “sim, sim e não, não”.

Codificador, criador, inventor. Que foi Kardec?

Pelas páginas do “Opinião”, em julho de 2010, refleti sobre uma publicação do Augusto Araújo em que a questão referente a Kardec foi colocada: seria ele o autor do espiritismo. Na ocasião, sob o título de “Antiga e velha, mas ainda tão nova”, argumentei em artigo a favor do termo codificador tendo por sustentação as teorias da comunicação social, que considero a melhor base de discussão do assunto. O texto está em http://www.expedienteonline.com.br/?p=84.

Afirmei então que “em sua significação semântica o termo codificar é empregado para designar a ação de produzir mensagem através do código linguístico que deverá ser “decodificado” pelo destinatário. Em princípio, todo emissor é um codificador e todo destinatário é um decodificador. Mas a ideia de uma comunicação circular nos leva a compreensão de que emissor e destinatário se alternam nestas duas posições, ou seja, Kardec foi decodificador quando estudou as mensagens e codificador quando as ordenou. Nesse processo, evidentemente, sua intervenção deixou as marcas da sua individualidade mostradas pelas evidências”.

É preciso relembrar que as discussões sobre a ação codificadora de Allan Kardec estão no bojo de uma questão maior: a de que, para uma parcela de estudiosos do espiritismo, o substantivo codificador não dá conta do que ele, Kardec, realmente representa na construção da doutrina. Parece, a essa parcela, que Kardec é visto de forma redutiva na elaboração da obra, principalmente por aparentemente retirar uma responsabilidade grande que lhe cabe como criador do espiritismo. É o contraponto à afirmação absoluta de que o espiritismo é obra dos espíritos – e apenas deles.

Augusto Araújo havia optado, na ocasião, pelo termo autor, enquanto outros muitos entendem que criador é o verbo que melhor representa o que de fato Kardec fez. Em manifestações mais recentes, Araújo tem adotado a defesa do termo codificador, na mesma linha interpretativa das teorias da comunicação.

Para retomar o assunto

Em meu recente livro “Os espíritos falam. Você ouve?”, falo um pouco mais sobre o assunto. Vejamos.

“No Espiritismo, o termo codificador está vinculado his­toricamente àquele que organizou a doutrina, Allan Kardec, conferindo-lhe, assim, uma significação específica. E par­ticular. Essa vinculação decorre da percepção de que Allan Kardec executou dois tipos de ações típicas da codificação: de um lado, organizou e estudou mensagens emitidas por autores invisíveis, os espíritos; de outro lado, estruturou essas mensagens na forma de uma doutrina, ocasião em que optou por um código escrito, no caso a língua francesa, produzindo, assim, as obras hoje amplamente conhecidas como livros da codificação espírita.

Não se pode desconsiderar que a expressão codificador aplicada a Allan Kardec tem sido objeto de crítica sob o ar­gumento de que o termo não dá conta da dimensão do ho­mem diante da sua obra.

Do ponto de vista da produção de mensagens pela esco­lha de um código comum ao emissor e ao receptor, o ter­mo codificador aplicado ao autor da mensagem encontra sentido e amparo em diversos estudos teóricos. Além disso, a aplicação de sua dupla significação para o caso de Allan Kardec permite dimensionar o organizador material do Es­piritismo com a amplitude que de fato lhe é devida. Esse francês de Lyon atuou durante 15 longos anos como pesqui­sador: reuniu, analisou, catalogou, classificou, estruturou e, enfim, publicou a doutrina cuja origem atribui às inteligên­cias invisíveis, os Espíritos. Em termos comunicacionais, grande parte de seu tempo foi utilizado para “codificar” a mensagem que, posteriormente, enviaria ao destinatário. Na condição de estruturador e na de intérprete das mensa­gens de outras fontes, Allan Kardec decodifica e recodifica, busca compreender os significados propostos pelas ideias contidas nas mensagens e as ressimboliza, porque participa do processo diretamente, de diversos modos, até dar a for­ma e o conteúdo final.

Há em Kardec uma consciência do diálogo, fulcro de qualquer comunicação, consciência esta representada pe­las ideias abertas e pelo sentido geral de que o Espiritismo é uma proposta de interpretação permanente do mundo, cujo termo não está presente em nenhum horizonte visível”.

AGENDA

Novo lançamento!
Novo lançamento!

Wilson Garcia lança livro na Fliporto

Pelo 4º ano consecutivo, o Clube do Livro Espírita (do Centro Espírita Luz da Verdade) participará da Feira do Livro que acontece no âmbito da FLIPORTO – Festa Literária Internacional de Pernambuco, que acontecerá de 13 a 16 de novembro de 2014, na Praça do Carmo, Olinda-PE.

O escritor Wilson Garcia estará autografando seus livros na Fliporto, no dia 14, sexta-feira, às 18 horas, ocasião em que fará o lançamento do seu mais novo título: Os espíritos falam. Você ouve?

O livro realiza um estudo inédito da teoria da comunicação mediúnica tendo como referência as ciências da comunicação e os estudos da Allan Kardec sobre a mediunidade.

Arquivos abertos

Caros amigos.

Estou retomando o projeto de publicação de imagens e documentos que, de alguma maneira, fazem parte da história do Espiritismo e do seu movimento tanto no Brasil como no Exterior.

Depois de passar mais de quatro décadas envolvido com as diversas áreas da doutrina, especialmente do início dos anos 1970 até 2005, quando encerrei meus compromissos em São Paulo, reuni um acervo considerável de documentos que desejo disponibilizar para os curiosos, pesquisadores e estudiosos do Espiritismo.

Aqueles que se derem ao trabalho de navegar pelo www.expedienteonline.com.br vão encontrar alguns novos materiais, especialmente imagens, que estão livres para download. São, neste instante, três novas páginas: imagens de personalidades, imagens de Chico Xavier e imagens de Divaldo Pereira Franco. Em breve, disponibilizarei mais uma: imagens de instituições, algumas das quais também originais e inéditas.

Esse acervo, que será complementado mais adiante, resulta de minhas atuações em quatro periódicos da imprensa espírita: Jornal Correio Fraterno do ABC (hoje apenas Correio Fraterno), jornal O Semeador, da Federação Espírita do Estado de São Paulo, jornal Dirigente Espírita, da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, e jornal OpiniãoE., editado pela Editora EME, de Capivari.

É preciso esclarecer que quando foi possível, detalhei na legenda das fotos a identidade dos indivíduos, mas em muitas ocasiões isso não foi possível. Assim, fica aberta a possibilidade de completo com a participação dos interessados em contribuir para melhor identificação das imagens.

Espero que apreciem e, desejando, façam comentários e apresentem dúvidas para que possamos esclarecer dentro dos nossos conhecimentos.

IMAGENS DE CHICO XAVIER

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Pietro Ubaldi com Chico Xavier

As fotografias do inesquecível médium mineiro foram reunidas a partir de duas fontes: uma delas, recebida já quando eu residia em Recife, através de e-mail de um amigo, que me solicitava dar a elas a devida destinação. Na ocasião, foi-me sugerido pelo doador que elas fossem incorporadas no acervo de uma instituição, acervo este, porém, que não existia na realidade. Agora, com as possibilidades das novas tecnologias da Internet, decidimos publicá-las. Uma segunda fonte está nas minhas atividades e relações pessoais com vários escritores e pesquisadores do Espiritismo. Com eles, obtive diversas outras fotografias, várias delas completamente originais.

Acesse aqui: http://www.expedienteonline.com.br/?page_id=1265

IMAGENS DE DIVALDO FRANCO

image004Aqui, também se reúnem os mesmos esclarecimentos fornecidos quanto às imagens de Chico Xavier. Longe de um culto à personalidade, cumprimos o dever de colocar o acervo à disposição de qualquer pessoa, para que a história possa ser enriquecida.

Ocorre com as fotografias de Divaldo Franco o mesmo fenômeno, isto é, várias delas foram obtidas por conta de minhas relações pessoas com os seus detentores, outras por pesquisas feitas diretamente na fonte, enquanto outras são parte daquele material que qualquer editor de jornal ou periódico da imprensa reúne. Também algumas fotos de Divaldo Franco são absolutamente originais.

Acesse aqui: http://www.expedienteonline.com.br/?page_id=1297

IMAGENS DE PERSONALIDADES

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Umberto Mariotti com Deolindo Amorim

Muitas das imagens aqui disponibilizadas foram publicadas nos referidos jornais, outras permaneceram nos meus arquivos. Algumas são originais, isto é, não encontram cópia em outro local por conta de terem sido obtidas diretamente com os seus autores.

Assim como ocorre com as imagens de Chico Xavier e Divaldo Franco, a sua publicação aqui é feita estritamente para fins históricos, ou seja, longe estamos de pretender participar ou criar um culto das personalidades.

Perfilamo-nos entre aqueles que entendem que a memória do Espiritismo deve ser preservada com cuidado, como verdadeira obrigação, a fim de que as raízes culturais da doutrina sejam analisadas com o devido valor. Na foto ao lado, Umberto Mariotti com Deolindo Amorim.

Acesse aqui: http://www.expedienteonline.com.br/?page_id=1136

Crônica do olhar

Olhares muitos espreitam muito. Olhares diversos, diferentes, inferentes, perversos, amigos.

Olhares que cobram, que julgam e acariciam. Que punem, que evitam, que consolam e animam.

Olhares que fotografam, grafam, graves. No tempo, o mesmo, talvez menor, em que a luz penetra e chega ao cérebro. E ali gravitam, tanto mais quanto mais fitam, para ficar.

Olhares libidinosos, que suscitam, citam, indicam.

Olhares mafiosos, ciosos, pomposos, a dizer, contradizer, sem refazer.

Olhares ideológicos, lógicos, a rodar como os ponteiros do relógio.

Olhares percepção, ágeis, frágeis.

Olhares distantes, errantes, que não pedem nem dão, mas de fato são.

Olhares perquiridores, cheios de horrores daquilo que não são.

Olham-me, a perguntar, a afirmar, às vezes para negar. Dizem o inaudível, o infalível, muito e nada.

Olhares sequestradores, inibidores, desinformados, quais vegetais modificados, numa ronda inquietante e amargurada.

Olhares volúveis, solúveis, que facilmente se desintegram ao contato da realidade.

Olham-te, certos de te ver, ignorantes dos mistérios de cada ser.

Na voz serena e mansa do bem, olhares são a paz, capaz, viril. Percebem, concebem, recebem.

No desconforto da insensatez, olhares são o vazio no chão da consciência.

Olhares que veem, olhares que só se veem, no quase indiferente significado do instante.

Olharam-me, dia destes, tentando encontrar-te em mim, certos de que ali habitas, dominante. E assim se fizeram crentes de um saber, escravos de uma ilusão, vítimas de uma imagem. Porque a liberdade não se dissolve completamente na liça das relações.

Olhares, simplesmente, olhares.

Quedo-me, perplexo, convexo, diante de tantos olhares dispersos, apesar das léguas mil seguidas nesta paisagem admirável.

Vejo, sem ver, vendo que veem, pouco, quase nada, contra a luz. Vejo que não veem e sem ver, sigo.

A jornada do olhar é longa, persistente. Perdi o ponto de partida e sequer visualizo, nesta névoa caprichosa, o de chegada. Mas vou.

O passado se fez, o futuro se faz.

Olha: lá está!

O que faria você?

 

CRÔNICA DA PEDRA

A pedra de Drummond foi posta no caminho e nunca mais de lá saiu. A pedra permanece, no tempo parece que cresce, como aquela outra que anda sobre um lago seco.

A pedra tem amigos, muitos! E ganha novos, diariamente, quando deveria perder, apenas perder.

A pedra tem braços, é ágil, e sua imobilidade está restrita apenas ao fato de ser pedra. Ela se alimenta, insaciável.

A pedra ouve através de mil orelhas de pouco cérebro e muita astúcia. Ela sabe de tudo o que se passa no poder, como forma de se alimentar à custa dos conchavos, somas e divisões, um modo antigo de dominação.

A pedra é grande o suficiente para fazer tropeçar todo aquele que pretende chegar ao cume da montanha a qualquer preço. E os toma por aliados e os enlaça com suas mil pernas de quilópode.

A pedra é pesada o suficiente para que não seja arrastada facilmente. Mas é também sutil em sua metamorfose, de modo a parecer uma rosa de bem-querer, perfumada e sem espinhos.

A pedra é vidente, cartomante, quiromante. Antecipa-se e prevê o futuro de novos e antigos aspirantes do poder. E ameaça de morte a todo aquele que pretenda passar ao largo de sua presença.

A pedra é capciosa nos contatos e contratos. A parvos, medrosos, interesseiros e astutos oferece sua ajuda intermediadora inevitável.

A pedra é do caminho, está no caminho e não há caminho sem a pedra. Ali, onde ela se posta, a serpente das fraquezas humanas se deita embaixo, vigilante.

Antes da pedra os sonhos, os planos, as promessas a cem por cento. Após a pedra o rescaldo e os escombros a quase sem por cento.

Porta a fora de todos os planaltos onde o poder se concentra há um vazio moral: é ali onde a pedra está posta. Ao fim do caminho mil olhos e braços e sonhos e bocas protestam, às vezes insistentes, às vezes cansadamente.

E agora, Drummond, o que faria você?

Romperia o silêncio da inação, apesar da pedra, ou quedaria, sem forças, por causa da pedra?

Não se esqueça, caro amigo: antes de decidir, lembre-se de que o tempo em sua irrefreável duração encara a vida e a morte enquanto passa. O mendigo do planalto de Herculano continua com seu chapéu à espera das moedas sonoras que as mulheres atiravam-lhe maternalmente.

Os espíritos falam. Você ouve?, novo livro de Wilson Garcia

Texto: Voice Comunicação Institucional (Voice Social)

AUTOR DE MAIS DE 30 LIVROS, JORNALISTA WILSON GARCIA PARTICIPA DE  ENCERRAMENTO DAS COMEMORAÇÕES DE 100 ANOS DE HERCULANO PIRES, FAZ PALESTRAS E LANÇA “OS ESPÍRITOS FALAM. VOCÊ OUVE?”  EM PROGRAMA NA CAPITAL E POR TRÊS CIDADES DO INTERIOR DE CapaSÃO PAULO

O jornalista e escritor Wilson Garcia, autor de mais de 30 obras espíritas, residente em Recife, chega a São Paulo na 6ª. feira, dia 19 de setembro, para um programa de entrevistas, palestras e lançamentos de livros na Capital e Interior –  em Capivari, Indaiatuba e Piracicaba.

Encerramento das Comemorações de 100 anos de Herculano Pires em SP

A agenda de Garcia, reconhecido nacionalmente por suas obras e palestras de temáticas espíritas, começa no sábado com o Simpósio de encerramento das Comemorações dos 100 anos de Herculano Pires. Wilson é um dos principais divulgadores do pensamento de Herculano Pires, considerado o mais importante tradutor, para o português, da obra de Allan Kardec, o codificador do Espiritismo. Pires foi presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo e faleceu em 1979, aos 64 anos, deixando uma extensa obra inédita que foi paulatinamente publicada por sua mulher Virgínia, administradora de seu legado até sua morte. Wilson participou da intensa programação das comemorações que durou um ano – a Fundação Maria Virgínia e J. Herculano Pires, responsável pela preservação da memória do casal, criada e mantida pelos filhos, e que detém todos os direitos de sua obra, coordenou todo o Ano do Centenário de Herculano Pires – iniciado em setembro passado e que contou, neste período com a realização de 25 encontros quinzenais em que, a cada edição, um estudioso de sua obra apresentava palestra sobre seus livros nas diversas categorias de seu trabalho – literário, jornalístico, filosófico, poético e doutrinário.  Wilson abordou durante as comemorações o tema “O Vampirismo em Herculano Pires” e agora retorna no simpósio para encerrar o programa sobre Herculano Pires, o Jornalista.

Todas as palestras do Centenário de J. Herculano Pires podem ser conferidas e assistidas no site da Fundação: http://www.herculanopires100anos.com.br/encontros

Entrevista na Rede Boa Nova

Na 2ª. feira, dia 22, Wilson Garcia, grava entrevista pela manhã, na Rede Boa Nova, emissora caracterizada pela programação espírita e que é mantida pelas Casas André Luiz. O programa vai ao ar na quarta-feira, às 11h00 da manhã e pode ser acompanhado pela Rádio Boa Nova, AM 1450 Kz, Guarulhos, e pela TV Mundo Maior, via parabólica pelo satélite Star One C2, com sinal digital, ou pela internet: http://tvmundomaior.com.br/

Pré-lançamentos de “Os Espíritos Falam. Você Ouve?”

marcam agenda do Interior

Após a entrevista, Wilson inicia sua programação non Interior de São Paulo viaja para Capivari, onde, no mesmo dia, às 20 horas realiza palestra no C.E. Mensagem de Esperança, Av. Brigadeiro Faria Lima, 1080, Capivari. Na ocasião, Garcia faz agenda de pré lançamento do seu novo livro “Os Espíritos Falam. Você Ouve?”, pela Editora EME.

No dia seguinte, 3ª.feira, 23, às 20h, o mesmo programa – palestra + pré-lançamento – será em Indaiatuba, no C.E. Padre Zabeu Kaufman, Rua 13 de Maio, 1054, Indaiatuba. E na 4ª. feira, 24, 20 horas, o programa termina na União Espírita de Piracicaba, Rua Regente Feijó, 933, Piracicaba.

O lançamento nacional do novo livro de Wilson Garcia, no circuito comercial de livrarias, acontece ainda em setembro e começa por Recife, passando por São Paulo. Depois o autor segue para roadshow pelo País que já tem, entre outras agendas, confirmação de lançamento em  Recife, na capital pernambucana, onde o autor fará uma agenda de simpósios e palestras sobre o conteúdo da nova obra.

“Com agenda fechada de simpósio e palestras em São Paulo e Interior, antes do lançamento no circuito de livrarias não espíritas, decidimos, aproveitar a visita a estas cidades e apresentar a nova obra para o público espírita que sempre nos acompanha”, disse Garcia explicando o programa de pré-lançamentos. E acrescenta: “o primeiro pré-lançamento ocorreu em Porto Alegre, nos dias 5-7 de setembro, durante do VI Simpósio do Livre-Pensar, promovido pela CepaAmigos e realizado na sede do CCEPA, Centro de Cultura Espírita de Porto Alegre. A seguir, apresentamos o livro na cidade de Belo Jardim, interior de Pernambuco, no dia 14 de setembro, durante a apresentação que fizemos do seminário sobre Drogas e Espiritismo”.

Livro tem proposta ousada

Com 176 páginas e subtítulo “Uma proposta teórica para o processo de comunicação mediúnica”, o livro tem uma proposta ousada de abordagem do fenômeno mediúnico, promovendo um link entre as diversas teorias da comunicação social e a comunicação mediúnica, pela qual os entes invisíveis dialogam com os seres humanos. Garcia é formado em  jornalismo e é mestre em comunicação social pela Cásper Libero. No livro, as idéias e propostas de autores como Santaella, Joly, Aumont, Hall, DeFleur, Fidalgo e Bakhtin, teóricos da comunicação e de disciplinas afins, são confrontadas pelo autor com teses sobre comunicação presentes em textos fundadores do Espiritismo, produzidos por Allan Kardec. “Fizemos um esforço de interpretação e correlacionamento, com o objetivo de fundir os elementos teóricos das ciências da comunicação com o processo da comunicação mediúnica.”, explica Garcia.

Sobre o Autor

Wilson Garcia, 65 anos, é casado e pai de 4 filhos. Reside em Recife aonde, como professor de jronalismo e comunicação, após período dedicado às aulas na universidade, dedica-se exclusivamente a produção de obras espíritas. Garcia é autor de mais de 30 livros sobre os mais diversos aspectos do Espiritismo, desde a organização de centros espíritas e processos mediúnicos até estudos e reflexões sobre intelectuais da matéria. É um dos principais estudiosos de Herculano Pires, a quem admira desde os 16 anos de idade, quando leu pela primeira vez o livro “Barrabás, o enjeitado”. A convivência com as ideias de Herculano Pires aprofundou-se durante o período em que dirigiu jornais e editoras espíritas, já domiciliado na capital paulista. Sobre Pires escreveu o livro “Kardec é Razão”, que está com a segunda edição, totalmente revista e atualizada, à venda pela Editora EME, Editora USE (São Paulo) e Editora Paideia.

Lançamento em Recife começa no dia 28 de setembro

Ainda em regime de pré-lançamento, o livro “Os espíritos falam. Você ouve?” será apresentado aos participantes do seminário, que tem o mesmo título do livro, a realizar-se no próximo dia 28 de setembro, a partir das 9 horas da manhã, na Fraternidade Espírita Francisco Peixoto Lins (Peixotinho), rua Sansão Ribeiro, 59, em Boa Viagem, com entrada franca.

Além do lançamento oficial em Recife e São Paulo, em fase de agendamento, já estão programados eventos em João Pessoa, Paraíba, e São Luís, Maranhã para o mesmo fim.