CRÔNICAS

Reencarnar para viver

Crônica da religião

Minha adorável Remington

Crônica do sebo

De calma e de dor

Do filho, do pai e do…

Meus sonhos me assustam… e não!

Crônica da imortalidade

Eu defendo

Meu Deus!

Crônica da compra

Crônica da violência

Crônica do Sérgio

Crônica para Kardec

Tão perto, tão longe

Crônica do olhar

O que faria você?

Crônica para Eduardo

Acordei triste ontem

Acordei apreensivo, ontem

De quem falo senão de mim?

Crônica do sagrado

As tristezas e alegrias do morrer

O cotidiano de Sara

Acordei otimista, a manhã

4 thoughts on “CRÔNICAS”
  1. Muito bom o texto. Seu conteúdo me fez lembrar de um comentário jocoso do psiquiatra e orador espírita Alexandre Sech, que ouvi em uma palestra sua em meados dos anos 80, em uma Comelesp. Disse ele que a literatura espírita poderia ser classificada em três niveis: a literatura dos mortos (mediúnica), a literatura dos vivos (encarnados) e a literatura dos “muito vivos”. Hoje, fica difícil separar a literatura dos mortos da literatura dos “muito vivos”. Acho que, de certo modo, ele tinha razão. Parabéns pelo blog, mais uma trincheira de estudos e divulgação do autêntico pensamento espírita. Grande abraço do companheiro que muito lhe estima.
    Eugenio Lara
    São Vicente-SP

  2. Muito bom, Garcia! Quanto mais reflexões e ‘provocações’, no melhor sentido da palavra, mais se cavam trincheiras em defesa da doutrina em sua originalidade e integridade.

  3. ANÁLISE, APRECIAÇÃO, CRÍTICA

    José Passini jose.passini@gmail.com

    Qualquer obra ao ser exposta ao público fica sujeita à análise, à apreciação, à crítica, da parte daqueles que a examinam, seja ela uma escultura, uma música, uma pintura ou uma página literária.
    No mundo da literatura, há até a atividade normal de pessoas que se especializam em crítica literária, exercendo-a, sem que os autores de artigos ou de livros sintam-se ofendidos por verem suas idéi-as, suas posições, ou opiniões serem analisadas, criticadas, contestadas, desde que através de linguagem compatível com a ética e com o respeito.
    Esses trabalhos de crítica literária são, não raro, usados em estudos levados a efeito em academias de letras, ou em cursos universitários de língua e literatura, com real proveito para aqueles que se entregam ao aprendizado da arte de bem escrever, seja num Curso de Letras, seja num de Comunicação Social.
    Tendo consciência de que haverá aqueles que analisarão e darão a público sua apreciação sobre aquilo que publica, o autor, por certo, preocupar-se-á com o que diz, e como o diz, ou seja, com o conte-údo e com a forma.
    No meio espírita, infelizmente, isso não se dá. Atualmente, assiste-se a uma verdadeira avalancha de obras, na maioria mediúnicas, cheias de inovações, de revelações, de modismos, sem que haja espaço na imprensa espírita para uma apreciação séria, clara, fraterna, a respeito de conteúdos altamente duvi-dosos, que são levados a público como se fossem verdades reveladas.
    Paulo, a maior autoridade em assuntos mediúnicos nos tempos apostólicos, conforme se constata nos caps. 12 e 14 da sua Primeira Carta aos Coríntios, dentre outras orientações, recomenda: “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.”1 Sábio conselho, repetido reiteradamente mais tarde na obra de Kardec, destina-se à prevenção contra o deslumbramento, a vaidade, à atuação de Espíritos enganadores no intercâmbio mediúnico. Cuidado semelhante pode-se observar também em João: “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.”2
    Será que estamos esperando que aqueles que combatem o Espiritismo venham trazer a público certos absurdos que estão sendo publicados ante a comunidade espírita completamente silente, sem que tenhamos meios de demonstrar-lhes que certas “revelações” foram contestadas? Ou será que foi esquecido o brocardo: “Quem cala, consente.”? Será que Kardec não sairia hoje em defesa dos verdadeiros postulados espíritas? Ou calar-se-ia, receando desagradar pessoas? Onde podemos situar a recomendação de Erasto: “Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea.”3
    A Federação Espírita Brasileira e várias outras editoras são entidades de utilidade pública e que, coerentemente com o que ensina o Espiritismo, não visam a lucros. Malgrado esses nobres exemplos, instalaram-se inúmeras editoras que aí estão a divulgar obras que contrariam frontalmente os postulados espíritas, através de publicações que, embora declarem serem os recursos obtidos destinados a entidades assistenciais – o que jamais deve influir na análise doutrinária das publicações – agem como entidades meramente comerciais, colocando o lucro acima do ideal da divulgação.
    O médium, autor material dessas obras, por vezes é pessoa bondosa, bem intencionada, até pro-motora de nobres atividades no âmbito da assistência social. Mas o seu trabalho nesse setor será suficiente para legitimar sua produção mediúnica, transformando-a em livros? Lamentavelmente, há aqueles que confundem caridade com pieguismo. Dizem que não se pode ir contra um irmão. Ninguém, em sã consciência deve criticar o autor, mas sim a obra. Aquele deve ser preservado, em nome do respeito que se deve ter para as suas boas intenções, mas esta deve ser analisada, dissecada. Essa maneira de agir aprende-se com Jesus, que nunca atacava o pecador, mas o pecado.
    Nesse contexto, deve ser ressaltada a responsabilidade daqueles que dirigem estabelecimentos espíritas, sejam centros ou livrarias, no sentido de fazerem a devida seleção do material escrito divulgado no recinto da instituição. Muito maior do que a preocupação com o conteúdo da exposição oral, deve ser o cuidado com o material impresso entregue ao público, seja livro ou folheto avulso, pois um livro adquirido, ou tomado por empréstimo, numa instituição espírita – principalmente para o leigo –, será tomado como legítimo.
    Entretanto, há dirigentes que se abrigam sob a capa de uma falsa caridade em relação aos autores. Omitem-se quanto a um cuidadoso exame, deixando de ler, ou de colocar nas mãos de irmãos responsáveis, para análise, muitas obras que estão aí a tentarem desmentir a seriedade da mensagem espírita, permitindo seja ela apresentada na forma de romances, relatos, “revelações”, em linguagem absolutamente não condizente com a seriedade e com a nobreza da doutrina que herdamos de Kardec.

    1. I Co, 14: 29
    2. I Jo, 4: 1
    3. O Livro dos Médiuns, 230

  4. Acima temos muito boas análises. Ficaria no lugar comum se me aventurasse a acrescentar comentário, mas vale dizer que o artigo tem a marca da ponderação inata do W Garcia. Interessante a inserção do Eugênio Lara lembrando o Dr. Alexandre Sech. De há muito penso que grande parte dos títulos espíritas, que lotam as prateleiras se não tivessem sido escritos, falta nenhuma fariam
    Abraços,.

Olá, seu comentário será muito bem-vindo.

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