Morto de forma trágica aos 41 anos de idade, Edson Cavalcanti de Queiroz foi um médium de cura pernambucano de projeção nacional sobre o qual, hoje em dia, pouco ou nada se fala. Algumas pessoas, ao saberem de minhas relações com ele à época em que atuava perguntam-me se ele era de fato médium. Jamais tive dúvida disso. Assisti a inúmeros feitos dele, dentro e fora do país, acompanhei-o em jornadas memoráveis, onde pude presenciar fenômenos mediúnicos pouco vistos.
Conheci Edson Queiroz em Salvador, Bahia, durante o VIII Congresso Brasileiro de Jornalistas e Escritores Espíritas de 1982. Edson fora ao congresso por conta própria; desejava fazer-se conhecer. Na noite em que ele realizara uma sessão mediúnica, em ambiente fora do congresso, eu não estava presente por conta de outros compromissos. Mas minha equipe do jornal O Semeador e do Correio Fraterno do ABC compareceu. Lá estava, também, a Dra. Maria Julia Prieto Perez, então secretária da Associação Médico-Espírita de São Paulo. A deduzir dos relatos que recebi, o conflito que se estabelecera na ocasião entre a Dra. Maria Julia e o espírito do Dr. Fritz tomou proporções enormes e ultrapassou aquele evento.
Edson Queiroz prontificou-se a fazer alguns atendimentos cirúrgicos para os interessados, mas precisava de um local onde a sessão pudesse realizar-se com tranquilidade. Carlos Bernardo Loureiro ofereceu a sede do Teatro Espírita, um prédio ainda em construção e, portanto, sem condições higiênicas adequadas. Foram todos para lá. Quando o Dr. Fritz realizava uma das intervenções ouviu da Dra. Maria Julia críticas das quais não gostou. Questionava ela, entre outras coisas, por que o espírito realizava intervenções naquelas condições inadequadas, fazendo estardalhaço e agindo de forma desnecessária, inclusive com o uso de instrumentos cirúrgicos quando a espiritualidade poderia valer-se de tecnologias melhores. A certa altura, para confronta-la, o espírito pegou um sapato e fez cair poeira no local da incisão do paciente em atendimento, o que deixou a Dra. Maria Julia ainda mais contrariada. Dr. Fritz dizia que era para provar aos incrédulos que havia forças desconhecidas capazes de controlar a situação. O fato é que Edson Queiroz impressionou grande parte dos presentes.
Tomando ciência dos fatos, fui convencido pelos meus repórteres a fazer gestões junto à presidência da Federação no sentido de patrocinar a ida a São Paulo do médium, uma vez que ele próprio manifestou interesse em fazer-se conhecido para além do Nordeste brasileiro. A oportunidade surgiu quando Nazareno Tourinho viajou de São Paulo para o Rio de Janeiro, para depois seguir para Belém do Pará, sua terra natal. Ligou-me do Rio para dar uma notícia: falara com Edson Queiroz e este desejava ir a São Paulo e apresentar-se para um grande público. As datas: 31 de março e 1 de abril de 1983. Foi desta forma que o médium pernambucano começou sua projeção em nível nacional e a Federação Espírita de São Paulo, de forma corajosa e inusitada, abriu suas portas para um evento dessa natureza.
Quando foi anunciada a presença do novo Arigó dos espíritos em São Paulo, um número extraordinário de pessoas correu à Federação, formando uma fila calculada em cerca de mil pessoas. Quando começou a operar, o Dr. Fritz afirmava desejar que todos fossem atendidos, mas isso era humanamente impossível. Apenas dez por cento receberam autorização para entrar e, dentre estes, dez pacientes foram designados para voltar no dia seguinte. Edson foi muito bem sucedido. Jorge Rizzini, que escreveu e filmou intervenções cirúrgicas do Dr. Fritz pelo médium Zé Arigó, tendo com estes uma convivência íntima de mais de dez anos, ficou bem impressionado e não teve dúvidas em afirmar tratar-se do mesmo espírito, com as mesmas formas de atuação que o caracterizaram no passado. Suas palavras foram: “não reconheci, apenas, as características psicológicas do Dr. Adolfo Fritz durante, inclusive, uma conversa íntima que tivemos. Reconheci-o, também, pela sua inimitável técnica operatória – técnica sui generis que ele empregava através de Zé Arigó e que hoje vem empregando através do médium e médico Edson Cavalcanti de Queiroz”.
Dentre as dez pessoas designadas para a sessão pública do dia seguinte, 1º de abril, estava Deolindo Amorim, a quem o Dr. Fritz atendeu reservadamente. Os demais foram operados pelo espírito diante uma grande plateia, de forma mais demorada que a comum porque o Dr. Fritz desejava – e o fez – explicar o procedimento e os objetivos de cada cirurgia. Tudo correu dentro dos planos traçados, sem intercorrências, na presença de dezenas de personalidades espíritas, tais como: João Batista Laurito, presidente da Federação, Américo de Souza Borges, presidente da Associação de Jornalistas e Escritores Espíritas, o professor Rino Curti, o escritor R. Ranieri, Hernani Guimarães Andrade, do Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas, e a médium Zíbia Gasparetto.
Mas uma crítica surpreendente apareceu na edição seguinte do jornal Folha Espírita, subscrita pelo radiologista e presidente da AME-SP, Antonio Ferreira Filho, na qual dizia que uma das pacientes sentiu dores imensas durante a cirurgia para retirada de um nódulo no seio, emitindo gritos e chegando a desmaiar pelo menos por duas vezes. Era estranho que somente ele tenha notado tais coisas; um auditório com tanta gente em torno da paciente não foi capaz de registrar uma única voz contrária sobre o mesmo fato, apenas os próceres da AME-SP. Estabeleceu-se uma verdadeira batalha, desde então. De um lado, os membros da AME-SP, acusando sempre que possível, o médium e, de outro, alguns defensores de Edson Queiroz. O jornal Correio Fraterno do ABC acabou constituindo-se na principal tribuna para defesa do médium pernambucano. Rizzini, com sua verve viril, publicou um artigo de página inteira, sob o título de “O bisturi do Dr. Fritz e a mentira”, onde não só acusava a AME-SP de desonestidade neste caso específico mas, também, em outras ocasiões, como em um relatório produzido por alguns de seus membros condenando Edson Queiroz, relatório este que foi entregue ao Dr. Oswaldo Gianotti Filho, ferrenho adversário do Espiritismo e que vinha combatendo o médium na TV. O artigo termina com a transcrição de uma declaração assinada por Márcia Ferreira, a paciente que fora operada do nódulo no seio, afirmando com todas as letras que não sentira dores, não desmaiara em nenhuma ocasião nem gritara, como havia sido publicado pelo presidente da AME-SP.
Diversos trabalhos foram ainda publicados em defesa de Edson. No Rio de Janeiro, Deolindo Amorim, falando em nome do Instituto de Cultura Espírita do Brasil, fez circular um vigoroso documento de apoio ao médium e publicou ainda, em seu próprio nome, artigo reforçando o trabalho de Edson; seguiram-no Carlos de Brito Imbassahy, Eduardo Simões, Aureliano Alves Neto, Eduardo Carvalho Monteiro e até Divaldo Pereira Franco se pronunciou.
Edson Queiroz atingiu seus objetivos: o interesse por ele cresceu e se expandiu a todo sul e sudeste do país. Ele nos pediu apoio e juntos, Rizzini, Nazareno Tourinho e eu resolvemos atende-lo, mas colocamos uma condição única e impostergável: em conversa reservada, explicamos-lhe que a mediunidade de cura, por suas repercussões, exercia uma grande atração sobre a sociedade e, em vista disso, as investidas para obtenção de benefícios e atenção particular, com ofertas de facilidades de toda espécie viriam de modo inevitável. Era, preciso, pois, que o médium se comprometesse a seguir um caminho de retidão de caráter, criando um escudo contra as solicitações e ofertas de toda espécie. Edson reconheceu as dificuldades que teria pela frente e assumiu o compromisso de manter-se merecedor da credibilidade.
Passamos a intermediar suas idas ao Estado de São Paulo, sempre oferecendo-lhe apoio e divulgação de suas atividades, ao mesmo tempo em que combatíamos os adversários dele instalados na AME-SP. Estes, contudo, continuaram exercendo críticas severas ao médium e ao espírito do Dr. Fritz, o que não constituía nenhuma novidade, pois, historicamente, alguns membros da comunidade médica espírita se colocaram contra a mediunidade de cura, como o fez o Dr. Ary Lex, um dos fundadores da AME-SP, em relação a Zé Arigó, fato este que levou Herculano Pires a colocar-se ao lado do conhecido médium mineiro e a defender suas atividades mediúnicas de modo firme.
Foi grande o estardalhaço devido ao posicionamento da AME-SP. Maria Julia Prieto Perez, Marlene Nobre e Antonio Ferreira Filho formavam um trio de combate ao médium pernambucano e aproveitavam todas as oportunidades para atacar Edson pela imprensa, sem, no entanto, possuir qualquer documentação segura para embasar sua posição.
Inúmeras tentativas de conciliação entre as partes foram feitas; Edson Queiroz chegou mesmo a concordar em realizar sessões mediúnicas exclusivamente voltadas à pesquisa científica coordenadas pela instituição médica, mas as condições draconianas colocadas pelos membros da AME-SP eram tais que impediram que os estudos se realizassem. De fato, era questão assente na AME-SP que tal tipo de mediunidade, nas características presentadas pelo espírito do Dr. Fritz, eram recusadas a priori e não havia, de fato, interesse em estuda-la. Existia um preconceito arraigado contra o uso de instrumentos cirúrgicos, como o bisturi, e da falta de anestesia e assepsia, fato este tido como uma afronta ao saber médico e, portanto, não aceito de modo algum. O mesmo se dera quando da eclosão da mediunidade de cura em Zé Arigó. Parece que o conflito estabelecido entre Dr. Fritz e Maria Julia, na sessão realizada em Salvador, estendeu-se a tudo o que dissesse respeito a Edson Queiroz.
Denúncias contra o médium chegaram ao Ministério Público em São Paulo e um inquérito foi aberto na polícia civil, inquérito este que contou com o testemunho contra Edson por parte de alguns membros da AME-SP, fato este extremamente grave em se tratando de um colega de profissão e companheiro espírita no exercício da caridade mediúnica. No Correio Fraterno do ABC denunciamos o fato mais de uma vez, mostrando como o orgulho humano não tem limites, cores ou controle moral. E com o apoio da editora do jornal, publicamos e distribuímos gratuitamente 5 mil exemplares do opúsculo intitulado “Médicos-Médiuns”, contendo um estudo feito a partir de reflexões de Allan Kardec sobre o assunto.
Nazareno Tourinho resolveu reunir com Edson Queiroz todo o material até então catalogado, referente a inúmeras intervenções cirúrgicas realizadas por ele em Pernambuco. Para isso, passou vários dias em Recife, em pesquisas, para então escrever o livro Edson Queiroz, o novo Arigó dos espíritos, publicado pelo Correio Fraterno do ABC, no qual incluímos um relato com imagens fotográficas das cirurgias realizadas por ele na Federação Espírita de São Paulo. O livro recebeu o prefácio do Dr. Hernani Guimarães Andrade. A primeira edição de 5 mil exemplares foi totalmente vendida, mas o livro apresenta uma curiosidade: tempos depois de lançado, apareceu em versão alemã, sem o que o seu autor, Nazareno Tourinho, tivesse conhecimento, fato que foi depois esclarecido: a autorização para sua versão para a língua de Goethe foi dada, inadvertidamente, pelo próprio médium.
Em 1984, Edson nos convidou, a mim, ao Rizzini e ao escritor R. Ranieri para acompanha-lo até Montevideo, onde iria realizar atividades mediúnicas a convite de um canal de TV local. Rizzini não pode ir e Ranieri não conseguiu embarcar por ter esquecido os documentos em casa. Devido ao regime militar vigente no Uruguai na ocasião, a sessão com Edson Queiroz teve de ser realizada a portas fechadas para apresentação aos telespectadores somente depois da partida da comitiva de volta ao Brasil. Sobre essa sessão, apresento um relato sumário em meu livro Os espíritos falam. Você ouve?
A procura por Edson Queiroz se tornou intensa e incontrolável. O médium quase não parava mais em Recife, onde clinicava como médico ginecologista em seu consultório particular. Começaram a aparecer denúncias esporádicas contra ele, acusando-o de receber dinheiro e presentes caros, algumas, inclusive, dizendo que ele estava cobrando pelos atendimentos mediúnicos. Edson era alvo de interesse da mídia, dando entrevistas para TVs, rádios e jornais com bastante assiduidade. De todas as classes sociais partiam solicitações para atendimentos, inclusive, em caráter particular, quando, então, Edson era hospedado em hotéis luxuosos e viajava, não raro, em aviões particulares. Houve o caso de um dos mais ricos empresários do país que, certa ocasião, mandou ligar para Edson em Recife, avisando que o seu avião já estava a caminho da capital pernambucana, a fim de leva-lo a São Paulo para atender sua esposa doente. O aviso estava acompanhado de outro: que ele não se preocupasse, pois o que deixasse de receber por não atender aos seus pacientes no consultório particular seria ressarcido com sobras.
Quando esse tipo de denúncia nos chegavam em São Paulo, um amigo particular me procurou com o insistente pedido para que programássemos a ida de Edson Queiroz à cidade de Registro, no Vale do Ribeira, onde uma grande quantidade de pessoas extremamente pobres ansiava pela presença do Dr. Fritz. Edson aceitou o convite e na data marcada fui com Rizzini ao Aeroporto de Congonhas para recebe-lo e transportá-lo em meu carro particular ao local marcado. No trajeto de quase três horas, expusemos a Edson sobre as denúncias que estávamos recebendo, algumas delas vindas de fontes seguras, dignas de crédito. Relembramos o compromisso por ele assumido conosco, em que esse tipo de comportamento não seria tolerado, sob pena de nos afastarmos, retirando o apoio dado. Edson a tudo ouviu silenciosamente e disse, constrangido, que não poderia negar ter fraquejado diante de algumas ofertas, mas não iria – afirmou, com convicção – deixar-se levar mais pelo canto da sereia.
Edson continuou com suas atividades intensas, viajando pelo país de norte a sul. As denúncias acusando-o de cobrar pelas cirurgias mediúnicas prosseguiram. Não era mais possível prosseguir com o apoio. Reuni-me com Rizzini e Nazareno Tourinho e decidimos comunicar ao Edson e aos espíritas o nosso afastamento do médium. Nazareno Tourinho redigiu a nota, que foi assinada por nós três e publicada no Correio Fraterno do ABC. Ei-la.
“Comunicado sobre o médium Edson Queiroz. A fidelidade aos princípios filosóficos codificados por Allan Kardec, e o elementar critério de honestidade que a prática do jornalismo doutrinário nos impõe, colocam-nos na penosa obrigação de divulgar a presente nota informando aos companheiros de ideal espírita, e a quem mais interessar possa, o imperioso rompimento de nossa ligação com o médium Edson Cavalcanti de Queiroz, a quem defendemos de numerosos ataques até a algum tempo atrás injustos.
“Como sempre fomos contra o exercício da mediunidade em proveito próprio, ou, falando mais claro, em troca de dinheiro direta ou indiretamente, estaríamos bem à vontade para citar os motivos e os fatos que nos levaram a assim proceder, inclusive esclarecendo como, porque, quando e onde advertimos o médium sobre nossa discordância do seu comportamento, recebendo dele a promessa de mudança infelizmente não cumprida. Cremos, porém, ser melhor encerrar sem outras palavras este triste assunto, entregando-o à sábia e soberana Justiça Divina, com a consciência em paz pelo dever cumprido e o coração confortado pela certeza de que a causa do Espiritismo estará sempre acima das fraquezas e paixões humanas. Em 06 de agosto de 1986. Assinado: Wilson Garcia, Jorge Rizzini e Nazareno Tourinho”.
A partir desse comunicado, deixamos de intermediar a os convites a Edson Queiroz, não mais assistimos às suas apresentações e não tivemos nenhum outro contato pessoal com ele. Em outubro de 1991, estava eu na tribuna da Casa do Caminho, em Juiz de Fora, Minas Gerais, fazendo uma palestra em comemoração ao nascimento de Allan Kardec quando recebi um bilhete comunicando-me que, naquele exato momento, emissoras de rádio davam a notícia do assassinato de Edson Queiroz, em Recife, por um vigilante que havia sido empregado dele. Comunicamos o fato à plateia de quase 500 pessoas e fizemos um breve relato das admiráveis curas que presenciamos nas atividades mediúnicas de Edson Queiroz sob o comando do espírito Dr. Fritz. Um longo silêncio se fez presente, mas ao final da palestra alguns ouvintes, curiosos, desejavam saber do futuro espiritual do médium, morto em circunstâncias tão trágicas. Qualquer tentativa de descrever esse futuro seria atrevida e ousada especulação, pois não cabe a nós, pobres mortais no corpo físico, estabelecer julgamentos dessa ordem.
Caro Wilson, estive em Recife no ano de 1989. Tive dele e de sua mediunidade boas impressões. Entrevistei e filmei o Dr. Edson em ação pela influência do Dr. Fritz. Este, em certo momento, me pediu para tirar as agulhas da coluna de um paciente, o que fiz, embora preocupado. Um menino veio com a mãe e ela disse que ele tinha uma inflamação na garganta que não passava de nenhum jeito. Dr. Fritz mandou o menino baixar as calças e mostrou a origem da infecção nos órgãos genitais que estavam muito inchados. Houve, contudo, uma moça que dizia estar sentindo dor, o que contrariou muito o médico espiritual que insistia que não havia dor.
Fatos como esses, Ivan, foram comuns nas atividades mediúnicas do Edson, pena que ele encerrou sua atividade tão cedo.
Não conhecia os detalhes desta história do Edson de Queiroz, muito bom saber. Wilson, como é difícil para um médium permanecer na humildade, depois que fica famoso.
Antônio Augusto
Recife/PE
De fato, Antônio. Edson tinha um futuro brilhante e enquanto se manteve fez curas incríveis. Os fatos precisam ser mostrados, para não caírem no esquecimento total.
Ola! Sou estudioso do Dr Edson, vocês poderiam me enviar vídeos dele?
Já assisti todos da internet!
Me adicionem no Facebook
https://www.facebook.com/pedrofigueiredocosta
abraços
Caro Pedro, infelizmente, não disponho de outros vídeos senão daqueles que você já conhece da internet. Abraços.
lembro me de quando adolescente assistir a apresentações no programa terceira visão do doutor Edson sempre teve muita simpatia pelo seu trabalho e pela forma como ele sempre defendeu a espiritualidade infelizmente vemos que a inveja ainda atinge a muitos que dizemmas fazer o quê que o espírito imortal do doutor edson esteja em paz e continuando com o seu lindo trabalho obrigado
Boa noite, Wilson!
A mediunidade curadora, por causa desses acontecimentos, deixa de ser uma prática espírita? Mesmo porque, existem inúmeros procedimentos que não as intervenções diretas no corpo físico ou intervenções sem cortes ou incisões.
Henry,
Esses acontecimentos devem ser vistos com naturalidade, assim como o são tantos outros que ocorrem nos diversos campos do saber, cuja ocorrência não se impõem como condição para uma definição da prática espírita. Sem nenhum cabotinismo, sugiro-lhe a leitura do meu livro “Os espíritos falam. Você ouve?”, onde estudo a mediunidade pelo viés da Comunicação Social e apoio das Teorias da Comunicação.
Quanto aos “inúmeros outros procedimentos”, entendo que de fato existem – e com certeza antes mesmo do conhecimento e prática da mediunidade pós-Espiritismo – em paralelo, sem que uma coisa anule a outra. Lembro, apenas, que os fenômenos mediúnicos são ainda hoje carentes de estudos e pesquisas antes que se estabeleçam julgamentos definitivos a partir de conceitos prévios ou escolhas pessoais que, quando ocorrem, acabam por fechar as portas para práticas importantes e oportunidades de aprofundamento do saber. Grande abraço.
Interessante!
Bom dia! Na minha opinião, assuntos mediúnicos e espirituais deveriam estar mais em evidência. Estes assuntos são tratados pelos que não o conhecem como uma coisa do outro mundo. Sei da “disputa” entre os conselhos de medicina e tudo mais. Muita gente acha que mediunidade não é visto com bons olhos por Deus. Na minha opinião Deus deu a sabedoria para os humanos. Uns mais sensíveis que os outros, os quais, os médiuns. Também na minha opinião, assim como os médicos, os remédios são obras de Deus, através da sabedoria do homem, para assim fazer, a mediunidade é um caminho que tem a aprovação Divina. Alguém pode comentar sobre isso, porque muitos seres humanos acham que mediunidade não é coisa boa?
gostaria de baixar o livro do doutor edson queiroz o novo arigo dos espiritos, de nazareno taurino
Elizabete, desconheço se o livro está disponível para download gratis, mas com certeza ele pode ser encontrado nos sebos virtuais. Abs.
Fantastica a história desses dois mêdium e espìrito, Edson Queiroz e Dr. Fritz, pena que foram tão perseguidos parecia mais uma inquisiçâo dos tempos modernos era como se o Espiritismo nâo tivesse suas várias formas de demonstrar, sem perder a base, o que o Mestre de Lion decodificou. Abraços.
Olá. Desde criança passei por diversos tipos curas e cirurgias espirituais além de acompanhar por anos médiuns de cura. Em geral são médiuns de temperamento difícil, não estudam a fundo da doutrina espirita e muitas vezes sem condições de ter um trabalho para seu sustento. Se houver merecimento do doente ele receberá a cura por qualquer tipo de médium e de qualquer religião ou seita. Kardec foi claro ao dizer que a mediunidade independe da moral do médium e que deveríamos procurar os que eram assistidos pelos bons espiritos, o que significa que eles se sujeitam aos caprichos e imperfeições do médium, dos seus assistentes e dos seus pacientes que por vezes precisam ver o sangue para crer. Se Deus permite tantas falhas o é por falta de merecimento de nossa parte.
Fiz TVP com a dra. M. Julia nos anos 80 por indicação do espirito de Batuíra através do famoso médium Spartaco. A espiritualidade usou da dra. Júlia para que eu chegasse a cura sem exigir-lhe qualquer atestado de infalibilidade. Jesus não era douto mas trouxe aos doutos um novo horizonte para a medicina.
Sou um dos filhos do Edson Queiroz,
Fica aqui meu muito obrigado a Obra em si realizada, e o lamento por poder apenas ter conhecimento agora.
Perdi meu pai aos 6anos de idade e tenho mais 03 irmãos, sendo 01 mais novo e 02 mais velhos.
O texto fala da relação do meu pai com o Autor da Obra e alguns parceiros, bem como roteiros cumpridos com
O apoio d eles, e parte de sua trajetória.
Discordo da questão financeira. Meu pai trabalhou incansavelmente, visitava seus filhos 1 vez por semana, e quando dava. Ele viajava em prol de curar pessoas, e as vezes operava 200 pessos num único dia, e se repetia no dia seguinte e etc..Presentes de gratidão era inevitável, pois saúde é a coisa mais importante na nossa vida, e quando meu pai chegava de uma viagem o presente(que poderia ser um artesanato ou uma jóia a exemplo) ja estava em seu consultorio ou em sua casa a sua espera. O dinheiro em si pra ele não era prioridade, uma vez que ja era médico Ginecologista e tinha seu consultório particular em perfeito andamento antes mesmo de receber o fenômeno Dr. Fritz
Se um medium ou qualquer pessoa deste mundo cura um ente querido meu, com certeza farei o possível e o impossível para recompesá-lo, e o mínimo pra mim será escolher a forma! Acredito que este meu raciocício atual se deu no passado com outras pessoas.
Ja a questão de “cobrar” cirurgias, Não é verídica. É muito facil falar este tipo de coisa, bem como cobrar a uma cirurgia, mas provas infinitas de cirurgias solidarias existem ate hoje, e desafio alguem provar cobrança de cirurgia do meu pai e me apresentar.
Tenho mais de 200 fitas de video na casa da minha mae compeovando o fenomeno, fica aqui minha contribuicao pra cada vez mais, mostrar o belo trabalho realizado pelo Dr. Fritz, sob o jntermedio do medium Edson Queiroz, com MUITO ORGULHO, meu pai!
81.9.9127-9244
Boa noite Wilson Garcia.
Como você mesmo relatou, por várias vezes, acompanhou o Médium Edson Queiroz em vários estados do Brasil e até fora do Brasil.
Por quem era custeada esssas despesas?
Você pagava do seu próprio bolso?
O livro escrito pelo jornalista Nazareno Tourinho, os direitos autorais ficaram para o Dr. Edson? Quem pagou a estadia do referido escritor em Recife, por mais de 30 dias, enquanto escrevia o livro sobre Dr. Edson/Dr. Fritz?
Durante alguns anos, todas as atividades do Dr. Edson/Dr. Fritz, foram coordenadas pelo presidente da Federação Espírita Pernambucana, inclusive a parte financeira, no que diz respeito à recebimento de doações, custeio de viagens, hospedagens, entre outras.
Pelo que você descreveu, o trabalho Espiritual de Cura, desenvolvido incansavelmente pelo Dr. Edson Queiroz, perdeu todo seu mérito, em função de denúncias infundadas, de recebimentos ilícitos, por parte de um profissional médico, em plena atividade no exercício da sua profissão, espírita de berço, acolhido por todas as Instituições Espíritas de respeito, em nosso País e fora dele, que durante 11 anos, atendeu em Recife gratuitamente 100 pessoas semanais, fora os atendimentos em outras cidades/Estados, sempre a convite de Instituições Espíritas.
Acompanhei de perto todos esses atendimentos e viagens, tendo estado ao seu lado, durante 20 anos.
Fui casada com Edson, e convidada a ser enfermeira do Dr. Fritz desde as primeiras cirurgias.
Desconheço que Edson tenha se “distanciado dos princípios espíritas”, pois além da família, era sua maior paixão.
Não nego, que com o fenômeno da mediunidade de cura, Edson se tornou famoso, e com isso muitas pessoas importantes o procuraram, como nossa querida cantora Alcione por exemplo, o próprio Roberto Carlos, Chico Anísio e tantos outros.
Da mesma forma aconteceu com Arigó/Dr.Fritz, atendeu pessoas importantes, como o próprio Presidente da República.
O que lamento profundamente é que questões de ordem puramente material, fez com que tais fenômenos deixassem de serem estudados, privando à Doutrina Espírita de um grande avanço em pesquisas sobre a Mediunidade de Cura.
Tenho um acervo de mais de 100 fitas/DVD, contendo filmagens de várias cirurgias e depoimentos gravados, ao longo desses anos de trabalhos mediúnicos, que no momento certo, pretendo disponibilizar para pessoas sérias, que queiram desenvolver juntamente com os trabalhadores da Fundação Espírita Dr. Adolph Fritz, um trabalho científico abordando a mediunidade de cura.
Que Deus o abençoe e muita luz e paz espiritual para você.
Fraternalmente, SÔNIA QUEIROZ
Caríssimo Adolph.
Um prazer muito grande falar com você. Creio que não devo tê-lo conhecido à época em que estive ao lado do seu pai, o mesmo não acontecendo com sua estimada mãe, com quem tive diversos contatos uma vez que ela estava sempre ao lado do Edson. Fico contente por esse seu contato e digo, de antemão, que o material sobre o Edson é, sim, de interesse meu. Se pudermos nos encontrar para conversar sobre este e sobre outras coisas relativas ao Edson, ficarei imensamente grato, inclusive podemos tratar das questões controversas que, acredito, muito desagradam, e com razão, você e sua família.
Tive pelo Edson imenso carinho e gratidão e, confesso, carrego comigo uma saudade permanente dele, como se tem de alguém por quem temos grande afeto. Receba o meu abraço.
Estimada Sônia.
Recebo com satisfação esse seu post e confesso que desde que cheguei a Recife aguardo por esse contato. Deveria eu ter tomado a iniciativa, mas não o fiz, talvez inibido pelo imenso silêncio que há por aqui em relação ao Edson e às suas atividades mediúnicas, cessadas por sua repentina e precoce partida do corpo físico. Mas sempre é tempo para os reencontros. Como, a partir da publicação deste seu manifesto, as questões por você colocadas na forma de perguntas se tornarão públicas, fico na condição obrigatória de as responder, mas não leve essas minhas respostas à conta de deselegância ou acusação de qualquer natureza. Não será, com certeza, essa minha intenção. Vamos lá.
1) “Por quem era custeada essas despesas? Você pagava do seu próprio bolso?” – R. Sim, as despesas de viagens eu custeava quase todas. Com relação às viagens com o Edson, apenas uma única vez não a custeei, pela razão de que quando me convidou para integrar a comitiva que iria a Montevidéu Edson me informou que as despesas de transporte e hospedagem seriam custeadas pelos anfitriões uruguaios, inclusive o canal local de televisão, que faria a reportagem. Muitas vezes, eu utilizava o meu próprio carro para levar o Edson e outras pessoas aos locais onde as sessões se dariam, sem que fosse preciso que ninguém contribuísse com as despesas. Esse é um critério meu, pessoal, que mantenho até hoje.
2) Sobre a estadia do Nazareno em Recife e os direitos autorais do livro que ele escreveu. Não sei dizer se as despesas do Nazareno em Recife, de transporte e estadia, no período em que ele aqui esteve, foram custeadas por ele ou por outrem. Nunca me passou pela cabeça essa questão. Mas posso garantir que as diversas vezes que aqui estive para encontrar-me com o Edson, todas foram custeadas por mim, inclusive a que coincidiu com a estada do Nazareno, ocasião em que estivemos juntos na Fundação. Quanto aos direitos autorais do livro que o Nazareno escreveu sobre as cirurgias mediúnicas do Edson, esclareço que foram doados pelo Nazareno à Editora Correio Fraterno do ABC, que destinava seus lucros a obras sociais. Portanto, se o livro deu lucro, estes, com certeza, foram bem empregados.
3) Não tenho dúvidas quanto ao criterioso trabalho do então presidente da Federação Espírita de Pernambuco, no período em que coordenou as atividades mediúnicas do Edson, pois também o conheci pessoalmente. Sei que tudo era controlado por ele, inclusive a questão financeira.
4) Em momento algum do meu texto “Edson Queiroz – os conflitos da mediunidade de cura” eu afirmo que o trabalho de cura realizado pelo Edson perdeu “perdeu todo o seu mérito” por conta das denúncias que eram feitas a ele. Pelo contrário, afirmei e reafirmo a minha convicção sobre a realidade do fenômeno, da mesma forma que pensavam e disseram Nazareno Tourinho e Jorge Rizzini, na época.
5) Creio que todo o acervo que existe sobre os trabalhos de cura do Edson é de grande importância e sua preservação bastante meritória. Sim, este acerto deve ser disponibilizado para os estudiosos e pesquisadores atuais e do futuro, inclusive com a transcrição das fitas para o sistema digital, a fim de manter o acervo bem conservado e de fácil acesso.
6) Também lamento que à época em que Edson estava com intensa atuação e as atividades de cura obtendo resultados extraordinários, sofresse tantas objeções, em particular de espíritas que deveriam compreender o fenômeno e apoiá-lo, como daqueles que possuíam amplas condições para estuadar o fenômeno. Edson repetiu o que ocorreu com Zé Arigó e ambos passaram, deixando-nos mais órfãos.
Deixo aqui o meu apreço a você e aos filhos.
Excelente reportagem. Acredito no Dr. Edson Queiroz e no Espírito do Dr. Fritz. O que houve realmente só ele poderá nos dizer, mas, lembremos das curas e ajudar espirituais feitas por ele.
Sou espírita a muitos anos e hj é a primeira vez q vejo falar sobre o Dr Edson de Queiroz, vi a entrevista no Jô Soares,, achei admirável, acho q este fenômeno deveria ser mais estudado e divulgado.
De faro, Geraldinha, este é um fenômeno pouco divulgado e que apresenta controvérsias e rejeições por parte de muitas pessoas. Entretanto, quando sua prática é feita com controle e desprendimento, apresenta excelentes resultados. Abs.