Transcrevo a seguir, para conhecimento dos meus caros leitores, a mensagem que recebi por e-mail do caro amigo Cícero Arruda a respeito do meu livro PONTO FINAL, o reencontro do espiritismo com ALLAN KARDEC. Agradeço-lhe a gentileza e a generosidade das suas apreciações.
Meu caro Garcia, analisando as observações sobre o seu livro O PONTO FINAL, inicio meu pensamento dizendo que o amigo precisa ser muito forte para suportar as consequências de mexer com o que chamo de casa de marimbondos. Foi assim com o nosso amigo J.L. Boberg, lembra não é? Mas…não foi diferente com o Mestre, o Rabi da Galileia, de tantos seguidores, do Gigante da Galileia de J.J.Benitez/Maj. Jason. É sempre assim: mexeu com o modo de pensar das pessoas, vem chuva grossa em seguida.
Na minha humilde visão de estudioso, acredito que isso é muito bom. Despertou interesses. E, se isso aconteceu, é porque as pessoas leram, estudaram, interessaram-se pelo assunto, etc. Quanto a aceitarem, o Divino Mestre foi crucificado porque defendeu certos assuntos que feriram o modo de pensar e de agir de muita gente.
Quanto a ser ESPÍRITA EVANGÉLICO ou ESPÍRITA CATÓLICO, por serem estas as filosofias que prosperam em nosso país, por conta do parco conhecimento e da má formação filosófica, eu, pessoalmente, não tenho nada contra, pois (nem sempre) considero o Espiritismo uma Religião.
Pela minha ótica, o substantivo religião pode ser usado em muitas situações. Sendo ela uma linha de raciocínio, de crença, de confiança, de respeito, etc., poderá ser seguida até por simpatizantes de um time de futebol. Temos exemplos de torcedores que pularam de cabeça para baixo de uma altura de cinco metros, porque o seu time foi campeão. E morreram. Além dos que morreram por paradas cardíacas, pelo mesmo motivo. Claro que se trata de fanatismo, coisa, aliás, muito comum nas crenças religiosas.
“Andam falando mal de Bezerra de Menezes”. Mais um descontrole emocional de pessoa que não se dedica a estudos, pesquisas, etc. Duas coisas precisam ser relembradas neste momento: primeiro que o próprio Kardec nos incita a estudar, a pesquisar para compreender e, assim, vivenciar um verdadeiro espiritismo. Segundo, só se pode negar um assunto filosófico, se houver uma fonte de provas muito concretas que o levem ao descrédito. Assim: não tenho como afirmar que você está errado, logo, não posso afirmar que você está errado. E isso acontece na maioria das vezes em que alguém se debruça sobre um livro para ler. Já aconteceu em relação a muitas obras que são internacionalmente conhecidas. Não vejo nada que me leve a pensar que o W. Garcia tenha ofendido, mesmo que de forma muito subjetiva, o nosso conhecido, seguido e admirado, o Dr. Bezerra de Menezes. É como ele próprio afirma: “Contra os fatos não há argumento”.
A questão das distorções, causadas por pensamentos e ações apresentadas por filosofias diferentes, são compreensíveis. É impossível se mudar uma forma de pensar, se esta encontra-se arraigada em uma forma contínua de vivência diferente, adquirida através de muitos anos de prática. É preciso muita preparação e disponibilidade cultural para se entender e seguir o novo que sendo está sendo lido, ouvido, analisado, estudado, pesquisado, concluído e, mais do que tudo, compreendido.
O Garcia afirma, com muita propriedade, que muitos leitores, por serem vencidos pelo descrédito nas afirmações expostas, especialmente porque essas não condizem com o que esperam de um livro escolhido para ler, o abandonam logo no início. E isto, claro, por uma reação puramente emocional. Fato que leva muita gente a perder a oportunidade de penetrar um campo diferente onde, através de estudos e pesquisas, poderá encontrar novas perspectivas, novas formas de pensar, de agir.
O Livro PONTO FINAL nos leva a ter uma ideia diferente sobre tempo e espaço, o que dificulta sobremaneira o entendimento correto daquilo que foi proposto pelo escritor em seu livro, cujo objetivo – isto referindo-me ao Espiritismo – sempre traz novidades quanto à forma de ver, de pensar, de agir, etc. Cada livro nesta caminhada, antes de ser editado, é pensado, repensado, analisado, pesquisado, comparado, julgado, etc.
E, é claro, que o PONTO FINAL de Wilson Garcia não tem a intenção de afirmar que será o último no assunto. Pode-se, logicamente, e com muita certeza, ver esse ponto tornar-se uma reticência, uma grande reticência que nos levará, certamente, ao encontro da verdade que nos dará a liberdade tão sonhada e decantada nos Evangelhos.