A despeito do letreiro do botequim cheio de teia de aranha de minha cidade natal, que dizia: “chegou, pediu/ bebeu, cuspiu/ pagou, saiu/ tropeçou, caiu/ levantou, sumiu”.
Apesar da placa do antigo alfaiate que em 1965 avisava: “fiado só para maiores de 80 anos acompanhados dos pais”, tão boa quanto esta outra, que na quitanda alertava: “fiado só amanhã”.
A despeito e apesar, acordei triste.
O botequim fechou as portas, o querido alfaiate faleceu antes dos 80 e a quitanda foi engolida pelo supermercado.
Triste assim, pela simples razão de constatar que o nosso país varonil dá preferência a mais algumas décadas de moratória à obrigação cívica de construir já a Canaã da justiça, do amor e do bem.
Pelo que me conheço, amanhã meu animus retornará…