Às cinco e vinte e oito, o sol invadiu meu escritório e eu não compreendi nada. Absorto, a pensar com meus botões, (es)tava.
Coisas de velho, disse intrusa e terna voz.
De luz, dependia, e sol ela não era. Aquece, não esclarece.
Pensava em (ver)dade, na confusa tensão da (banali)dade que mais parece (mal)dade.
Idade, pode ser. Sinto frio, embora ao sol. Os velhos são assim, friorentos.
O momento é banal. Não o marcado pelo relógio. O momento, este hoje que parece de infindável duração.
Estar nele é conviver com o que vem com ele. Mas o que vem e ele conspiram na (des)lealdade. Pura (mal)dade.
Há sol, mas não brisa nem vento. Nenhuma folha lá fora balança.
Sem dúvida, faz frio.
Vou ao jardim regar a (fideli)dade. Ela tem sede…